domingo, 26 de outubro de 2014

A Torre de Babel e minha visão das instituições

Quem me conhece sabe que não tenho grandes simpatias por algumas instituições - por exemplo: partidos políticos, instituições religiosas, órgãos legislativos, executivos, policiais e judiciários em geral, ongs, grandes corporações, empresas multinacionais, etc - visto que sempre as critico.

Explico meu desgosto com elas.

Todas as instituições, quando se organizam, tem uma "raison de vivre", um objetivo fora de si mesmas que justifica a sua existência e lhe dá direção e energia. 

Acontece que, com o passar do tempo, essas instituições se tornam mais e mais voltadas para si, para sua sobrevivência, para seu crescimento, para sua manutenção de tal forma que logo deixam de ser ferramenta, instrumento, meio para um fim (sempre nobre e louvável), para se tornarem um fim em si mesmas, mais preocupadas com a manutenção do "status quo" do que com a consecução de suas finalidades.

E isso acontece com todas, em todos os campos da atuação humana no mundo, mais cedo ou mais tarde.

É claro que faço aqui uma generalização. É claro que cometo alguma injustiça. É claro que alguém pode me apontar esta ou aquela instituição que, aos 30, 50, 100 anos de existência, não se desviou um milímetro do rumo. São essas as exceções que confirmam a regra.

No meu ponto de vista, e posso estar errado, a melhor maneira de se manter instituições boas e construtivas é demolindo-as sempre que se tornarem fortes e saudáveis; é começando tudo de novo. Do zero.


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