terça-feira, 4 de junho de 2013

Afinal, de quem é a culpa? Do criminoso ou da vítima?

Os seriados policiais americanos, em sua maioria, mostram criminosos como indivíduos perturbados, ou maus, ou como pessoas que fizeram escolhas erradas. Raramente os filmes fazem alguma menção à responsabilidade da sociedade nos crimes cometidos por estes sujeitos. 
O que é um erro comum. 
Nós, aqui no Brasil, também temos o mesmo costume. Damos o peso total da culpa ao criminoso, não importa quem seja: um político rico e corrupto ou um adolescente iletrado da favela.
Mas, seria a culpa TODA dessas pessoas? Algumas vezes menciona-se traumas de infância, doenças mentais ou as más companhias como colaboradoras do criminoso. Sempre, porém, a culpa é, em última análise, de quem cometeu o crime. Pois sempre há alternativa. Sempre podemos escolher não fazer o mal. 
Individualizamos o crime e o culpado. Mesmo quando grupos agem praticando o mal, são apenas aqueles do grupo os criminosos.
Será assim tão simples? Por que nós nunca estamos dispostos a olhar para nós próprios em busca do culpado? Por que a sociedade que criamos e sustentamos é continuamente inocentada de toda responsabilidade?
Minha postagem anterior reproduz um trecho de Claudio Oliver, escrito pouco depois de sua casa ser assaltada à noite, enquanto ele e sua família dormia. Longe de isentar os ladrões de culpa, meu amigo apenas amplia a sua visão do problema que lhe aconteceu e aponta o dedo na ferida que nos recusamos obstinadamente a olhar: SOMOS TODOS CULPADOS.
O dia que criarmos coragem, reconhecermos este fato e assumirmos nossa parcela de responsabilidade pelas agruras que "os criminosos" nos infligem, neste dia estaremos dando início à mudança necessária e possível rumo à Paz e Justiça. 
E não se iluda... Nunca antes.

Um comentário:

Claudio Oliver disse...

legal... fosse me dá uma deferência para lá de imerecida. Seu coração é muito generoso.