sexta-feira, 27 de abril de 2012

Vá entender...

Que estranho, o Blogger me envia msg em inglês pedindo que atualizasse minha conta, sob pena de não mais acessá-la após 30 de maio.
Tentei "ene" vezes fazer isto seguindo o link que me indicaram, mas retornava uma msg "conta de usuário não encontrada."
Fiquei preocupado e depois de fuçar um bocado, descobri um texto que diz que apenas quem não fez "login" na conta Blogger desde 2007 é que precisa atualizar a conta.
Um susto e muito tempo perdido à toa...
Espero que agora deixem minha conta em paz!

Pensem, macacos, pensem!

Meu pai conta a historinha de dois cientistas que vez em quando, paravam de trabalhar e saiam do laboratório para olhar as estrelas. E começavam a comentar sobre o tamanho do universo, falando quantas constelações já foram descobertas, sobre o tamanho das estrelas, sobre a distância que nos separa dos outros corpos estelares. Aí, um virava pro outro e dizia: "Acho que já me sinto pequeno e humilde novamente." E voltavam para o laboratório...
Este vídeo tem a clara intenção de nos deixar mais humildes. E se também nos fizer refletir, ótimo.
Ele já circulou há pouco pela net, mas acho que não faz mal relembrar

quinta-feira, 26 de abril de 2012

"Livre pensar, é só pensar" - (à moda de Mia Couto)

"- Eu não vivo, eu apenas moro." - Bartolomeu Sozinho
"Os caminhos são longos quando se caminha apenas com as pernas." - o Narrador
"Riem-se. Rir junto é melhor que falar a mesma língua. Ou talvez o riso seja uma língua anterior que fomos perdendo à medida que o mundo foi deixando de ser nosso." - o Narrador
"O português confessa sentir inveja de não ter duas línguas. E poder usar uma delas para perder o passado. E a outra para ludibriar o presente." - o Narrador
"- É uma coisa boa desta nossa Vila: o ar aqui é muito abundante. Isto não é atmosfera. Isto aqui, caro Doutor, é artmosfera." - Bartolomeu Sozinho
"- Amar - disse ele - é estar sempre chegando." - Sidónio Rosa
"Eu sou o viajante do deserto que, no regresso, diz: viajei apenas para procurar as minhas próprias pegadas. Sim, eu sou aquele que viaja apenas para se cobrir de saudades. Ei o deserto, e nele me sonho; eis o oásis, e nele não sei viver" - poema de Sidónio Rosa
"- Não há poço que não tenha um crime para contar - acrescenta. Que os segredos, na Vila Cacimba, não se enterram nunca em cova. Ficam em buraco aberto como ferida que nunca ganha cicatriz." - Sidónio Rosa e o Narrador

(Frases retiradas dos personagens de "Venenos de Deus, Remédios do Diabo", delicioso livro de Mia Couto)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Por trás

"Por trás de um sorriso constante. 
Por trás de quem sempre tem resposta para tudo. 
Por trás de quem nega suas dúvidas. 
Por trás de quem conhece como Deus funciona. 
Sempre há uma neurose mascarada."
(Nelson Costa Jr, pensador e amigo, em seu blogue no dia 22/04)

terça-feira, 24 de abril de 2012

O Juízo Final

"- Deus não se crava, você nem tem respeito pelo sagrado.
Ela sabe que pouco valem argumentos: Bartolomeu sempre se recusou a rezar. "Com os deuses falamos", argumenta ele. A palavra aberta, sem texto, criando o divino no improvisado diálogo. "E mais", defende o velho, "rezar é sempre uma declaração de culpa."
- Começamos, submissos, por nos declararmos filhos Dele. Mas, na verdade, o que queremos é ser Deus. É por isso que a reza é sempre um pedido de desculpas. Está a perceber, Mundinha?
- Você leu isso em algum lado, marido. Isso é complicado demais para sair da tua cabeça...
- Não é que recuse a oração: eu aproveito é para rezar enquanto durmo.
- Brinque, brinque. Depois, no Juízo Final, quero ver o que vai responder...
- Para mim, o Juízo Final é todos os dias."

(Mia Couto, em seu delicioso "Venenos de Deus, remédios do Diabo" - Cia das Letras)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

"Uma coisa aprendi na vida:

Quem tem medo da infelicidade nunca chega a ser feliz"
(Mia Couto, em seu delicioso "Venenos de Deus, Remédios do Diabo".)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Político e Econômico

Aumentam os protestos e as piadas sobre os políticos em geral. Mostra-se o crescente desprezo da sociedade por essa corja de bandidos que infestam o Legislativo, Executivo e - infelizmente - o Judiciário.
Como mudar esta situação? Muitos propõem que elejamos cidadãos "de bem" nas próximas eleições.
Não é a solução. O sistema está irremediavelmente gangrenado. Não há como salvá-lo.
Torna-se imperioso mudar o conceito que temos de "democracia representativa". Não que a democracia não mereça ser defendida; ou que a representatividade seja algo impossível. Apenas não funciona da forma que está.
Mas não basta a mudança do sistema político, se esta não for acompanhada de uma profunda revolução no sistema econômico. É até inviável pensar em mudança política sem mudança no sistema econômico.
Pois, como comentei a uma amiga no Facebook: "É preciso mudar o sistema político-econômico. Econômico porque este dá sustentação financeira ao político; e político porque dá sustentação legal ao econômico".
Só vejo saída para o processo inexorável de auto-extinção da espécie humana se a revolução se der nos dois âmbitos: político e econômico. No entanto, para isso, seria necessário ao ser humano voltar-se - ou como diriam os teólogos - converter-se moralmente. Não para uma religião ou crença - isto também é política - mas para aquilo para o qual fomos criados: seres colaborativos na tarefa de viver e manter a vida neste planeta (lembram-se de Adão e Eva? Não era esta era a função deles no Éden?).
O resto é vaidade e correr atrás do vento...

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Onde, a felicidade?

"Quantas vezes a gente,
em busca da ventura,
procede tal e qual o avozinho infeliz:
em vão, em toda parte,
os óculos procura,
tendo-os na ponta do nariz!"

(pérola de Mario Quintana, citada por Rubem Alves em seu precioso "As cores do crepúsculo")

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A Janela


Há a história de dois homens, ambos seriamente doentes, no mesmo quarto de um grande hospital. Um deles, como parte de seu tratamento, podia sentar-se na cama por uma hora à tarde para drenar fluído dos seus pulmões, e sua cama ficava próxima à janela.
Mas o outro homem tinha que ficar o tempo todo deitado de costas. Eles conversavam por horas a fio sobre suas esposas, seus filhos, suas casas e seus empregos.
Toda tarde, quando o homem na cama perto da janela era erguido por uma hora, passava o tempo descrevendo o que conseguia ver. E o outro homem começou a ansiar por estes momentos.
A janela aparentemente permitia ver um parque com um lago onde havia patos e cisnes, crianças atirando-lhes pão, e barcos à vela em miniatura, e jovens namorados andando de mãos dadas; onde havia flores e tapetes de grama, jogos de futebol, pessoas descansando ao sol, e à distância, uma linda vista da silhueta da cidade.
O homem deitado de costas ouvia tudo isto, apreciando cada minuto: como uma criança foi salva de cair no lago, como estavam lindas as meninas em vestidos de verão, e o excitante jogo de bola ou o garoto brincando com o cãozinho. Chegou ao ponto do homem quase poder ver o que acontecia lá fora.
Com os dias se passando, o homem deitado de costas tornou-se ressentido por não poder ser colocado em posição próxima à janela para ver tudo aquilo por si mesmo. Ele ficou cismado, perdeu o sono e tornou-se mais irritado com sua condição.
Uma manhã o homem próximo à janela morreu; seu corpo foi retirado rapidamente. Logo que foi possível, o homem perguntou se podia ser mudado para a cama próxima à janela. E quando eles o mudaram, fizeram-no ficar bem confortável, e o deixaram.
No momento que se viu só, ele se apoiou nos cotovelos e, dolorosamente e persistentemente, olhou pela janela.
E viu uma parede branca!

(extraído de "Conquering the Fear of Failure", de Erwin Lutzer, Kregel Publications, 2011)

terça-feira, 3 de abril de 2012

Lei da Semeadura

1- Sempre colhemos o que plantamos;
2- Sempre colhemos mais do que plantamos;
3- Sempre colhemos em época diferente da que plantamos.

(Interessante conceito que "colhi" no texto que estou traduzindo)