terça-feira, 30 de dezembro de 2008

"Não dá pra ser feliz"...

...já cantava Fagner, e com razão.
A estupidez dos ataques israelenses contra os palestinos para se vingarem dos ataques dos palestinos contra os israelenses é tal que impede sentimentos mais felizes mesmo aqui, no nosso Brasil, tão distante da guerra. É que a gente se lembra que outras guerras, igualmente estúpidas e sangrentas ocorrem por aqui.
E no ano que tá chegando não vai melhorar...
É... não dá pra ser feliz!!!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Pra quem quiser refletir

Dois textos recém postados tem em comum reflexão profunda sobre a liberdade. Se você quiser usar alguns minutos para ler sobre a tão almejada, sonhada e espezinhada liberdade, visite o post "Rebanho de Tolos", do Alysson e complemente com "Correndo atrás do Espelho", do Brabo. Pode ajudar-nos a viver melhor em 2009.

Cito só um trechinho, pra vocês saberem o que vão encontrar...

"A obediência que liberta finca suas raízes no interior do homem, é tecida com a voz pura do obediente; pura pois não deve haver nessa voz, para que o ato de obediência seja efetivamente libertador, nenhum fonema que não seja de estrita autoria daquele que obedece.
A resposta mecânica a estímulos exteriores não é obediência e sim tolice, pois tem sua raiz não no sujeito que responde – que é nesse caso nada mais que um espelho a refletir cenas exteriores – mas geralmente em estruturas de poder, que dependem invariavelmente desses espelhos indolentes para manter no palco o seu teatro surreal."
(Alysson Amorim)
-x-x-x-
"Os não-cristãos imaginam que para se converterem devem renunciar uma autonomia que todos possuem naturalmente, uma liberdade e uma independência que Jesus quer arrancar deles. Na realidade, quando começamos a imitar Jesus descobrimos que nossa aspiração à autonomia levou-nos a nos dobrarmos continuamente diante de indivíduos que podem não ser piores do que nós, mas que são, no entanto, modelos prejudiciais, porque não somos capazes de imitá-los sem cairmos na armadilha das rivalidades, nas quais ficamos cada vez mais enredados." (Renè Girard, citado por P. Brabo)

Fica aqui meu convite à reflexão.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Presente de Natal. Atrasado, mas...



Um presentão, sem dúvida.
Pudemos admirar e aproveitar por poucas horas essa dádiva. A flor se abre por uma noite, próximo da meia-noite, uma vez por ano, e pela manhã já está murcha. Várias vezes perdi a chance de admira-la. Pela manhã, percebia que havia florido na noite anterior. Desta vez, deu certo. De ontem para hoje 4 flores se abriram, todas branquíssimas e grandes - cerca de 20 cm de diâmetro - com um perfume delicado como suas pétalas. Não sei o nome da flor, que foi presente da Maria Isis, uma querida amiga, há muitos anos.

Um verdadeiro presente de Natal, apesar de ser 27 de dezembro. Apreciem.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Nunca

Nunca antes um texto havia me feito tão mal, por descrever, nua e cruamente, o que se passa no mais íntimo do meu ser, e que escondo de todos e até mesmo de mim. Com todas as letras, emoção e beleza que nossa língua pode conter.
Mas o Paulo Brabo escreveu, e, pior, eu li. E já não posso suportar o ímpeto de dizer: É isso!!!! É isso mesmo!!!
Esta tênue esperança, qual chama de vela que qualquer um pode apagar me impele a partilhar este texto aqui, leia-o quem quiser e saiba que é exatamente assim que me sinto.


Qualquer um
Estocado por Paulo Brabo sob a rubrica Manuscritos

Outro dia o filho que não tenho, e que já é grandinho o bastante para fazer esse tipo de pergunta, perguntou-me, olhando para o mundo, se existe esperança.
Era época de Natal e ele queria que minha resposta o enchesse de inspiração e de bons sentimentos; uma resposta que o capacitasse a abraçar o futuro com olhos brilhantes e pés otimistas. Queria, em outras palavras, uma mensagem.
– Esta, meu filho, é uma resposta que palavras não podem dar – menti o menos que pude, e invoquei não sei de onde um sorriso.
Quando ele for mais velho direi que não, que não há qualquer esperança. Andaremos lado a lado por um caminho no meio da tarde e confessarei que não enxergo esperança no mundo, nas religiões e instituições e, ainda menos, em mim mesmo. Direi que as belas mensagens otimistas que os homens trocam em ocasiões solenes são distrações que não chegam nem de perto a alterar a dura malha da realidade. As pessoas não se tornarão mais generosas, menos mesquinhas e mais iluminadas, porque vivi quarenta anos e a cada dia me distancio mais, eu mesmo, desse ideal ilusório.
Ele me olhará nos olhos e, sem dizer nada, abrirá um meio sorriso, porque verá que, embora não exista esperança, embora eu esteja convicto de que não há, cultivo ainda assim alguma.
Se tudo der certo, com o passar dos anos ele aprenderá a guardar a esperança como eu: como quem tem vergonha de permanecer criança e continuar olhando com fascinação para a chama de uma vela que qualquer um pode apagar.
Sorocaba, SP - Brasil, Natal de 2008

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sem coração

Who needs a heart, when a heart can be broken” (Quem precisa de um coração, quando um coração pode ser quebrado). Voltei a ouvir a fabulosa Tina Turner, na Pier FM (www.pierfm.com.br) “a radio que toca o coração”.
Tina está certa. Todos nós já tivemos nosso coração partido. Uma separação dolorosa, uma relação amorosa que chega ao fim, a perda de um ente querido, uma decepção com algo/alguém importante para nós, são fatos que machucam o coração.
Melhor não ter coração, ser insensível, não amar, não se apegar para não sofrer, não é?
Cuidado!!! Você pode fechar o coração para todo sentimento; torná-lo duro feito aço, inquebrantável, mas você perderá também o que torna a vida uma experiência única e indescritível; perderá o amor, a solidariedade, a empatia, a fraternidade.
Enfim, a humanidade!!!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Futuro do Pretérito

Tempo, tempo, tempo...”, já diziam Caetano Veloso em “Oração ao Tempo” e Pato Fu em “Sobre o tempo”. Se há coisa estranha nesse mundo é o tempo. James Taylor, em sua belíssima “Secret of Life” afirma que o próprio Einstein não o entendia - “Einstein said that he could never understand it all”. Se ele não alcançou a compreensão sobre o tempo, quem somos nós para fazê-lo, não é???
Mas nos fascina... nós o medimos, marcamos em segundos, horas, dias, meses, anos, séculos, milênios, eras... e não o compreendemos!!! Escrevemos tese e ficção sobre o tema, filmes, músicas, pinturas, máquinas do tempo... Estaremos perdendo tempo?
Ele nos aterroriza também. E sabe por quê? Porque o tempo é o espaço entre o início e o fim da vida, entre nascer e morrer. Nascer nós até entendemos, mas... morrer é algo incompreensível, aceitável para uns, inaceitável a outros, um mistério para todos.
Uma das características marcantes da música “Time”, do fabuloso Pink Floyd é o tempo que gastaram com a introdução da música – intermináveis dois minutos marcando os segundos - algo inimaginável no mundo musical capitalista de hoje. Já não temos tempo para assistir à passagem do tempo, “tempo é dinheiro” e o mundo é movido a dinheiro - “money makes the world go 'round” - não é?
Muitos medem suas vidas – “este ano fiz um monte de coisas!”; “ah, este ano não fiz nada!” - pela quantidade de coisas com que preencheram o tempo. Não será insano agir assim? Pois o tempo passa tão rápido que não conseguimos acompanhá-lo e ficamos com a sensação de sermos passados para trás...
Dá mesmo vontade de “pedir um tempo” - Time out!!! - e parar pra entender tudo isso.
Mas... não temos tempo!!!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Novo dia e horário... no AR !!!

Pra quem ainda não me ouviu, ou já ouviu e ainda não desistiu, segue dia e horário da minha entrada na Radio PIER FM (www.pierfm.com.br), "a radio que toca o coração".
E atenção, dorminhocos! Novo horário pela manhã, uma hora mais tarde, às 8 horas!!!
E, trabalhadores do Brasil varonil!!! À noite, uma hora mais tarde, às 20 horas, assim dá tempo de chegar em casa do trabalho e descansar ouvindo este que vos escreve!!!

Programa 03 - amanhã, dia 19/12 - 08:00 e 20:00
Programa 04 - segunda-feira, dia 22/12 - 08:00 e 20:00
Programa 05 - quarta-feira, 24/12 - 08:00 e 20:00
Programa 06 - sexta-feira, 26/12 - 08:00 e 20:00

Voce não vai se arrepender de ouvir... ou vai???

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Tá bem... se eu fosse teólogo...

Alguns amigos da blogosfera começaram a brincadeira de responder a um questionário para saber com qual linha de pensamento teológico temos mais afinidade.
Afirmei que nem sei direito quem sou e no quê creio!!! Não sou teólogo, como poderia responder a um questionário com perguntas teológicas???
Mas, malditos, a tentação foi mais forte - sou mesmo um fracote - e acabei fazendo o tal teste.
Deu que sou 90% Paul Tillich - tive que correr pro Google pra saber quem foi o cara -, Calvino e Anselmo em segundo lugar - 67% - e em honroso quarto lugar, Karl Barth, com 58%.
Quando soube um pouco mais do cara, me deu até uma ponta de orgulho. Esse Paul Tillich foi um cara muito legal!!! Acho que até vou tentar ler alguma coisa dele, como "A Coragem de Ser". Só o título já é "irado" (gíria brasileira que quer dizer "muito bom"), não?
Fica como projeto para 2009...

Receita para um casamento longo e... feliz!!!

O casal em um dos muitos momentos felizes - nov 2008.


A velha senhora, doente, estava em seus últimos dias; o marido, solícito, ao lado. Ela pediu que ele pegasse uma caixa que ficava dentro do quarda-roupa dela. Ele o fez, deu-lhe e perguntou: "O que voce guarda com tanto segredo aqui? Nunca me mostrou..." Ela abriu a caixa e viram muito dinheiro e uma pequena boneca de pano. Ele disse: "O que é isto?" Ela respondeu: "Quando me casei, minha mãe me mandou tecer uma boneca cada vez que tinha vontade de perder a paciência com você..." E ele a interrompeu: "Meu amor! Você perdeu a paciência comigo só uma vez! E esse monte de dinheiro?" Ela completou: "Ah, querido, cada vez que a caixa se enchia de bonecas, eu as vendia para ter mais espaço, e guardava o dinheiro aqui..."


Completo hoje, 31 anos de casamento - feliz - com Elaine. Creio que duas razões para estarmos juntos até hoje é que nos amamos muito e Elaine deve ter um baú de dinheiro...


Feliz aniversário, amore!!!! Topas mais 31???

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Mais Rubinho no ar !!!

Como não recebemos dos ouvintes - creio que eram dois - nenhum pedido de cancelamento do programa, vamos insistir!!!
Amanhã, às 7 horas da matina - meus amigos europeus já estarão acordados, eles acordam tão cedo!!! - com "vale a pena ouvir de novo" às 19 horas, estarei na radio Pier FM, do meu amigo blogueiro Valter Ferraz.
Façam um esforço e ouçam-me. Se a audiência não subir pelo menos 50%, corro o risco de "perder o emprego"!!!
Brincadeiras à parte, o convite é sincero, e espero que os que se derem ao trabalho de ouvir, gostem e permaneçam na Pier FM, que é uma radio muito legal, é a "radio que toca o coração" com muita música de primeiríssima qualidade.
Até lá, então!!!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Justiça, Vingança, Castigo, Perdão, Arrependimento.

A reação dos meus amigos ao meu post anterior, sobre a "velhinha justiceira", me convenceu que este assunto precisa ser refletido com mais profundidade.

Aproveitei a visita ao meu pai no fim-de-semana e conversei sobre estes assuntos.

Não há respostas fáceis. No mundo pós-moderno em que vivemos, não há mais diretrizes claras sobre atitudes adequadas. Situações como essa tornam-se dilemas. E posições confluentes são raras, e comuns as contradições ("sou contra, mas se fosse comigo...").

Meu pai mencionou dois tipos de perdão:

Um é o perdão que todos devemos estar dispostos a dar a todos, em qualquer situação, que é o de abrir mão da vingança, ou retribuição do mal causado;

Outro é "esquecer como se não tivesse acontecido" o mal feito a nós, sendo este devemos conceder a qualquer um que se mostre sinceramente arrependido.

O primeiro concede à sociedade a autoridade para punir o culpado de acordo com o crime cometido; o segundo, livra o arrependido de qualquer impedimento nas relações com quem o perdoou.

Um não prescinde nem substitui o outro. Um é "macro", outro "micro", como menciona a Bete.

Minha caríssima Sra. Urtigão, a quem não conheço pessoalmente, mas aprendi a admirar e respeitar pelos seus posts e comentários, menciona arrepender-se mais tarde tanto de agir igual à velhinha, como de não fazê-lo. Imagino-me frente a frente com o malfeitor, pedindo-lhe seu perdão pelo mal que lhe fiz; e imagino-o escrevendo-me uma carta da prisão, pedindo meu perdão pelo mal que me fez... escolho o segundo cenário!!!

Já meu caro Felipe dá ênfase ao tratamento recíproco que devemos uns aos outros: Fazer aos outros como desejamos que nos façam a nós. E aí, claramente, eu não gostaria de receber um tiro por alguma maldade que eu venha a cometer (ou já a tenha cometido). Não é? O perdão seria mais contundente e eficaz do que uma bala 9mm.; me atingiria a alma, não o corpo. E não me isentaria de responder à sociedade pelo mal cometido.

Em algum momento, essa espiral ascendente de violência precisa ser quebrada. Que eu tenha a humildade e coragem de tomar a atitude de quebrá-la!!!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Justiça com as próprias mãos

E-mail que roda pela internet relata o caso de uma senhora na Austrália que, aos 81 anos, saiu atrás dos estupradores de sua neta, e, depois de achá-los e certificar-se que eram os malfeitores, descarregou uma 9mm que tinha guardado - apesar da proibição de porte de arma que vigora no país - na genitália de ambos, mandando-os para o hospital. Em seguida, entregou-se à polícia. As autoridades não sabem o que fazer com a velhinha: condenam-na ou dão-lhe um prêmio???
O mencionado e-mail tem o sugestivo título: "Deportem-na para o Brasil!!!"
Confesso que coisas assim dão-me o que pensar. Apesar de ter impulsos de justiceiro, não gostaria de ter oportunidade para tal: certamente eu, mais cedo ou mais tarde, cometeria uma injustiça maior - já cometo tantas pequenas injustiças no dia-a-dia! - e a responsabilidade pesaria demais sobre meus ombros.
A justiça da sociedade humana é lenta, parcial e falha. Mas a minha não seria melhor. Sou apenas humano!!! A musiquinha famosa há alguns anos bem dizia: "I'm only human, born to make mistakes" (Sou apenas humano, nascido para errar - grupo Human League). A sociedade não pode abrir mão do dever de impor o direito e a justiça. Deixar para indivíduos é abrir mão de uma responsabilidade indelegável. É tomar o caminho mais curto e fácil para o caos social.
Certamente admiro a coragem da senhora e creio que ela só desejava fazer justiça... ou seria vingança?? A vingança é algo bem mais simples e fácil: "olho por olho..." e por aí vai. Mas não se alcança justiça com vingança. O texto bíblico diz que "o fruto da justiça semeia-se na paz" (S. Tiago 3. 18).
Eu preciso crer nisso. Caso contrário, minha esperança, já tão tênue e maltratada, se enfraqueceria ainda mais. Não é com mais violência que se coibe a violência. Não será tomando a vingança nas mãos que se fará justiça e se promoverá a paz.
Deixem a velhinha por lá. Não a quero aqui, espalhando a ilusão de que se pode ter justiça e paz abrindo mão das prerrogativas da sociedade e afundando-nos ainda mais no individualismo nefasto. Mesmo que me custe sofrer injustiça por mais algum tempo, eu prefiro lutar para aperfeiçoar nosso sistema judiciário do que dar armas de 9mm para as velhinhas do Brasil.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

No ar !!!

Para quem gosta de ouvir boa música, variada, nacional e internacional, antigas e novas, cantadas ou instrumentais...
Agora você tem uma excelente opção: a PIER FM - "a radio que toca o coração", do nosso amigo Valter Ferraz, na qual eu, humildemente, estréio na carreira radiofônica amanhã, 12 de dezembro, às 7 horas da manhã e 19 horas (horário de São Paulo, Brasil).
Agradeço se voces puderem ouvir-me e dar "feed back" - positivo ou negativo, não importa - para que eu possa fazer algo bacana para os ouvintes de qualquer idade, lugar, gênero, religião.
Agradeço o Valter pelo intrépido convite. Espero que nossa parceria "dê samba"!!!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Um estrago!

Embevecido.

Esta é a palavra que melhor descreve minha sensação ao assistir a uma apresentação do Duofel com a Orquestra Sinfônica de minha cidade.
O duo de violonistas toca junto há 30 anos e vocês podem ter uma idéia do que foi, assistindo ao video de uma apresentação deles no parque Ibirapuera de S. Paulo.
Como bem comentou o maestro Johnny após a apresentação: "Isto não foi um concerto, foi um estrago!!!"

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Deu na TV

"A insônia não é um problema de dormir, é um problema de viver."
(Insomnia is not a sleeping problem, it is a living problem.)

Ouvido no seriado "Private Practice" da Sony TV.

Mundo colorido, automóveis pretos

O mundo está cheio de cores, das mais lúgubres às mais fantásticas, há cores de todos os tons, muito mais do que a mente pode imaginar. Basta pegar a paleta de cores do programa "Paint". É praticamente infinita a possibilidade de cores para tudo que quisermos. O ser humano pode fazer de seu mundo, um retrato humano da natureza - pode colorir sua roupas, casas, artefatos, com "todas as cores do arco-iris" - e até mesmo escolher por critérios estéticos/culturais a harmonia de cores que deseja.
Por que, então, os automéveis devem ser pretos? Já vai longe o tempo que Henry Ford vaticinou: "o cliente pode escolher a cor que quiser para seu carro, desde seja preto". Na época havia razões muito fortes para esta escolha. Ford queria fabricar carros mais baratos, em grande número, e, por razões de restrição tecnológica, só poderia fazer isso se os veículos fossem pretos.
Mas este tempo já passou. Hoje há pouca diferença entre uma cor ou outra, o custo para se ter uma "cor metálica" - mais resistente e vistosa - é menos do que 5% do preço do carro.
Não sei se fato ocorre em outros paises também. Mas outro dia parei no semáforo e me vi cercado por 8 carros, de 4 marcas diferentes, todos pretos. Um horror!!! O meu era o único "vermelhinho", como que protestando contra a falta de imaginação e humanidade dos proprietários dos outros.
É certo que algumas cores podem não se adaptar bem a um veículo. Concordo. Mas tem que ser todos pretos!!! E aí não vai nenhuma discriminação ou preconceito de cor. Sou mais é a favor da diversidade.
Viva as cores!!! Nos automóveis também!!!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Antes de partir...

Esse negócio de fazer listas de realizações antes de morrer é fogo!!! Você começa a pensar no que gostaria, depois pensa no quanto ainda não fez, e começa misturar frustrações do passado com necessidades presentes e desejos para o futuro. Vira uma salada mista, que era o nome do meu blog de coisas assim, e 8 itens acabam te frustrando por ter deixado algo importante de fora.
Foi como a minha infeliz idéia de fazer a lista das 100 músicas que mais me haviam "tocado". Acabei com 247 músicas na lista e à toda hora penso em acrescentar alguma ou tirar outra, por ter tido essa ou aquela mais impacto na minha vida.
Mas... a postagem rendeu bons comentários e por isso abro uma concessão:
Gostaria de ser sorteado na "mega-sena" - loteria brasileira milionária - pra fundar uma "ong" de preservação ambiental;
Gostaria de saltar de páraquedas ou voar em planador;
Gostaria de morar em um veleiro ou em um "motor home";
Gostaria de fazer, com a Elaine, uma viagem de "Harley Davidson" pelos USA por alguns meses, tipo "Easy Rider" comportado;
Gostaria de viajar muito, pelo Brasil e por este "mundão de Deus" afora;
Gostaria de ter alguns anos adicionais para ler e ouvir - tem tanta coisa boa que eu ainda não conheço! - livros e músicas imperdíveis;
Gostaria de poder comer à vontade os doces incríveis que a humanidade aprendeu a fazer para estragar com a saúde;
Gostaria que, ao morrer, minha vida não seja considerada "supérflua".

sábado, 6 de dezembro de 2008

Meme


O Roger me desafiou a escrever
8 coisas pra fazer antes de ir embora...

E quem disse que eu vou embora??? Nã, nã, nina... Não!!!
Não vou, não quero ir, gosto daqui – tem seus problemas, mas gosto – e aqui vou ficar.
Sei lá, se eu for, pra onde eu for vai ser melhor...
E se for pior??? Hein??? Quem me garante?
Alguém aí já foi e voltou pra dizer que é bom?
O Brabo tentou, tentou legal, descrever como é por lá, mas... francamente... que ele não nos leia... não achei assim nenhuma maravilha, não. Tem umas coisas legais, tipo não precisar de dinheiro pra comprar as coisas no “shopping”, tá certo. Mas também não sou um “adicted” consumista.
Por via das dúvidas - como bem diz minha mãe - “melhor o certo que o duvidoso”.
Eu tô bem aqui... verdade! Tenho o suficiente para viver contente por muito tempo ainda. Mesmo sem fazer as tais 8 coisas. Se fizer, então, fica melhor!!!
Mas me contento com a vida como ela é.
Desculpe, Roger, eu até tentei, mas viu, né... deu nisso!!!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Revelação

"Quando a gente tenta, de toda maneira, dele se guardar;
sentimento ilhado, morto, amordaçado
volta a incomodar."

Fagner em "Revelação" (clique para ouvir)

Quem já não passou por isso?

Onde está Deus???

Se você perguntou isso ao ver a tragédia de Santa Catarina, o Tuco tem uma resposta interessante. Veja .

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Questões de foro íntimo

A política partidária às vezes me espanta, outras, me enoja, mas nunca me causa admiração, nem surpresa.
Vejam agora. Recebi, sei lá de quem, um i 1/2 protestando contra o fato de que alguns políticos do Partido dos Trabalhadores podem sofrer processo por estarem se posicionando contra a descriminalização do aborto, que faz parte da plataforma de governo do PT.
Não se trata aqui de ser contra ou a favor do assunto em pauta, longe disso, nessa cumbuca eu não meto a mão!!! Trata-se de ver se a posição dos envolvidos é política ou questão de foro íntimo. Sendo deste último, não procede o PT impor uma postura que não se refere à política em si, mas a uma questão polêmica e que envolve filosofia de vida, convicção religiosa, etc, coisa que partido nenhum tem o direito de impor a ninguém!!!
Daí o meu desagrado com o partido do governo e suas atitudes autoritárias e desmedidas.
Salvo engano.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Plagiando


Metade
à moda de Oswaldo Montenegro

Metade de mim é meu gemido,
mas a outra metade é silêncio
metade de mim é partida
e a outra metade é saudade
metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que falo
metade de mim é o que penso,
e a outra metade é o que sinto
metade de mim é a lembrança,
a outra metade, esperança...
metade de mim é abrigo,
mas outra metade é cansaço
metade de mim é a poesia
e a outra metade é canção
metade de mim é amor
e a outra metade...
é você.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Incertezas

"Você poderia estar seguro que tem uma existência em si mesma?
Creio que não. Minha existência se dá na consciência de quem me percebe."

Frase inserida em desenho de Carlos Contente, artista plástico, publicado no caderno Folha Ilustrada do jornal Folha de São Paulo, domingo, 30/11/2008.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Os bons, os maus e os médios

A Lia fez-me uma pergunta arguta como comentário ao meu post com a frase do Dr. House (veja lá nos comentários do post!).
À parte de uma profunda discordância de cunho teológico – não creio que aos bons cabe o Céu, nem os maus irão para o inferno, creio que a Graça e o Amor de Deus é que decidirá sobre nosso destino – pensei que uma boa resposta sobre nós, os médios, ouve-se nesta divertida música do fabuloso grupo Rumo:

Trio de Efeitos – clique para ouvir
(de Luiz Tatit / Zé Miguel Wisnik)
Sempre fui bom
Nunca fui bad
Posso ser mau
Se eu quiser
Nada impede
Mas é um dom
Quase profético
Nasci assim sou assim
É genético
Nunca fui bom
Sempre fui médio
Nasci assim
Que fazer
Que remédio
Vou melhorar
É o que veremos
Sou todo assim
Mais ou menos
Sempre fui bom
Sempre fui médio
É o meu dom
E o meu tédio
Eu já sou má
Má espontânea
Oh nunca vi
Crueldade tamanha!
Ódio mortal
Do fundo do peito
Não sei porque
Que eu nasci
Desse jeito
Eu sou tão bom
Tenho uns defeitos
Quero matar
O primeiro sujeito
Médio má bom
Um trio de efeitos
Juntos seremos eleitos
Sou o melhor
Sou a pior
Sou um medíocre perfeito
Quero sucesso
Quero fracasso
Sei que pra mim
Regular já é o máximo

Vozes: Ná Ozzetti, Geraldo Leite e Pedro Mourão
Viola: Fabio Tagliaferri
Baixo: Swammi Jr.
Teclado: Ricardo Breim
Sax: Helio Ziskind
Bateria: Gal Oppido